“Chegados à década de 70, a CCAMB com a situação estável (…) preocupava-se com “o principal labor agrícola do concelho” – o vinho.”
Assinale-se que, no final da década, por falecimento (1969) do presidente da Direcção, Graciano José Elpídio, o executivo da CCAMB, António da Costa – na altura com 48 anos de serviços prestados à Caixa e ao mutualismo agrícola – assumiu a presidência.
Chegados à década de 70, a CCAMB com a situação estável (lucros de mais de 350 contos), 1411 associados ao Fundo Social fixado em 6.035.445$70, no ano de 1970), preocupava-se com “o principal labor agrícola do concelho” – o vinho. Apesar das boas colheitas surgiu o problema do escoamento com a redução de exportações para Angola e Moçambique. A fruticultura, entretanto já ocupava um lugar de destaque na produção de riqueza do concelho, ultrapassando em importância a cultura da batata.
Em 1972, António da Costa aposentou-se após 51 anos de dedicação à CCAMB. Nesse ano, os lucros líquidos bateram todos os recordes totalizando a verba de 620.129$40. A Direcção lamentava, no seu relatório de Exercício que os associados não tirassem todo o partido da sua Caixa – os créditos abertos caucionados com garantia real cifravam-se, nesse ano, em cerca de 36,5 mil contos, mas os créditos utilizados pelos sócios, com igual garantia, não chegavam aos 14 mil. “Há muito pano para mangas”, sublinhava o relatório.
Ainda nesse ano, por despacho do ministro das Finanças e Economia, foi constituído um grupo de trabalho “incumbido de elaborar um estudo de um sistema de crédito agrícola devidamente revisto e correspondente às actuais necessidades e exigências do sector”. Um outro despacho do subsecretário de Estado do Trabalho e Previdência, encarregou uma comissão técnica para estudar e elaborar uma portaria para regulamentar as relações de trabalho entre as Caixas e o pessoal ao seu serviço. O presidente da Direcção da CCAMB integrou, a convite, essa comissão.